O QUE É E COMO TRATAR O BRIQUISMO ?
O QUE É BRIQUISMO?
O briquismo é o ato de apertar os dentes, diferente do bruxismo, que só realizamos dormindo, o briquismo também fazemos acordado. Quem faz o bruxismo também faz o briquismo, mas nem sempre o briquista é também burlista!
O QUE CAUSA O BRIQUISMO?
O stress é o maior causador destes hábitos nada saudáveis. O briquismo é observado em pacientes de todas as idades e está relacionado ao alto nível de stress emocional e físico.
QUAIS AS CONSEQUENCIAS DO BRIQUISMO?
Se você costuma apertar os dentes, saiba que estes hábitos são sintomas característicos de briquismo, o distúrbio pode levar o paciente a contrair outros males, como dores de cabeça e disfunções na articulação temporomandibular (ATM).
COMO IDENTIFICAR O BRIQUISMO?
A prática de apertar os dentes é normalmente feita de forma inconsciente e a pessoa só passa a perceber alguma alteração por conta de dores nos músculos da mandíbula ou dores de cabeça, consequência da pressão exercida na boca. Outro sinal do briquismo é o fechamento inadequado da boca, ocasionado pelo alinhamento incorreto dos dentes, que podem ficar doloridos.
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QUAL O TRATAMENTO PARA O BRIQUISMO?
Os tratamentos disponíveis para o briquismo incluem o uso de aparelhos ortopédicos funcionais, que servem para proteger a articulação da pressão causada pelo apertamento dos dentes, o alívio possibilita a desinflamação da capsula articular (menisco), promovendo o alívio das dores, também centraliza e equilibra a postura mandibular, reabilitando assim a da função mastigatória,
os aparelhos são confeccionados em articuladores próprios, a partir de moldes feitos pelo dentista.
Porém, este tratamento não promete CURA, já que a cura do briquismo está relacionada ao controle dos níveis de stress e a melhoria da qualidade de vida.
OUTRAS FORMAS…
Ouros métodos utilizados servem para promover o relaxamento local e funcionam como paliativo, são eles: Placas de acrílico ou acetato, aplicação de anestésicos ou massagens em “Trigger Points”, “Laserterapia” e ainda a aplicação de “Toxina Botulínica” no músculo do rosto chamado masseter. A substância age diretamente na tensão muscular, diminuindo e tirando a força do músculo para o ato de ranger e apertar os dentes, o que provoca relaxamento e bloqueio de forma transitória dos impulsos nervosos, mas também diminui a capacidade mastigatória.
O QUE É O BRUXISMO?
Bruxismo é uma desordem funcional que se caracteriza pelo ranger e/ou apertar dos dentes durante o sono. Essa pressão pode provocar desgaste e amolecimento dos dentes. Nos casos mais graves, podem ocorrer também problemas ósseos, na gengiva e na articulação da mandíbula (ATM).
Possivelmente, a disfunção está ligada a fatores genéticos, a situações de estresse, tensão, ansiedade, ou a problemas físicos de oclusão ou fechamento inadequado da boca, por exemplo.
Não se sabe exatamente por quê, o bruxismo acomete 15% das crianças e afeta indistintamente homens e mulheres. A incidência tende a diminuir com o passar dos anos. Quando o problema se manifesta durante o dia, recebe o nome especial de briquismo (apertamento dentário).
Sintomas
Além do desgaste e amolecimento dos dentes, dor de cabeça é o sintoma mais comum do bruxismo. Isso acontece porque a compressão exagerada dos dentes pode levar à isquemia dos vasos que entram no ápice da raiz e depois à necrose dos vasos, dos nervos e da polpa dentária.
Outros sintomas do bruxismo são dor e zumbido no ouvido, dor no pescoço, na mandíbula e nos músculos da face por causa do esforço realizado pelos músculos da mastigação, estalos ao abrir e fechar a boca, alterações do sono. A intensidade e a frequência das crises podem variar de uma noite para outra.
Diagnóstico
Na maioria das vezes, a pessoa só sabe que é portadora de bruxismo, se alguém lhe contar o que presenciou enquanto ela dormia, ou quando procura assistência médica ou odontológica, porque os sintomas já se instalaram.
Além da avaliação clínica, a polissonografia é um exame importante para identificar o grau do distúrbio e orientar o tratamento.
Tratamento
Não se conhece, ainda, um tratamento eficaz para curar o bruxismo. Medicamentos ansiolíticos são úteis para o controle dos quadros de estresse e ansiedade que podem estar associados, mas não são a causa do distúrbio que, aliás, não está suficientemente esclarecida.
Os recursos mais indicados para o tratamento, porém, são os aparelhos inter-oclusais rígidos de acrílico, moldadas segundo o formato da arcada dentária do paciente. Eles evitam o atrito que provoca o desgaste e o abalo dos dentes, pois mantém os dentes em desoclusão, favorecem a desinflamação da ATM, pois afastam o condílo mandibular da cavidade glenóide do osso temporal, melhorando as dores de cabeça e promovem relaxamento dos músculos da face, melhorando as dores em face
Recomendações
* Consulte o dentista com regularidade;
* Evite apertar os dentes, quando estiver empenhado em uma tarefa ou situação mais complicada;
* Procure não mascar chicletes ou mordiscar sistematicamente objetos duros, como pontas de lápis e canetas, por exemplo;
* Faça exercícios. A prática regular de atividade física ajuda a controlar o estresse e as crises de ansiedade que podem favorecer o apertar dos dentes;
* Não se esqueça de colocar os aparelhos interoclusais antes de dormir.
* Em caso de briquismo (apertamento dental), use-os de dia também, sempre que possível.
Fonte: Drauzio Varella
1- O QUE É O TRATAMENTO ORTOPÉDICO FUNCIONAL (OFM)?
É um tratamento que têm como objetivo corrigir más-oclusões e os disturbios crânio mandibulares, por meio de diversos recursos terapeuticos que visam o equilíbrio morfo-funcional do Sistema Estomatognático.
2- QUAIS OS OBJETIVOS DO TRATAMENTO OFM?
A OFM preconiza a associação do equilíbrio ósseo, muscular e oclusal ao bom desempenho das funções mastigatórias, deglutição, respiração e fonoarticulação; tendo como conceito principal que “A função faz a forma e a forma permite a realização da função”.
3- QUANDO PROCURAR UM ORTOPEDISTA FUNCIONAL DOS MAXILARES (OFM)?
A OFM age de maneira preventiva e corretiva. Podendo atuar desde os primeiros anos de vida da criança, atravéz de orientações, tais como:
– Amamentação
– Transição alimentar
– Prevenção de hábitos deletérios
4- EM QUAL IDADE USAR OS APARELHOS FUNCIONAI DOS MAXILARES?
A OFM pode e deve ser usada em todas as fases da vida, infância, adolescencia, adulta e melhor idade e pode também ser associada a outras técnicas especializadas.
5- QUAIS AS ESPECIALIDADES Q PODEM INTERAGIR COM A OFM?
A ofm faz uma abordagem do paciente como um todo, Identificando causas e lesões de compensação interligadas, permitindo assim, uma interação entre as várias áreas da saúde, tais como:
– Odontologia
– Medicina
– Fisioterapia
– Fonoaudiologia
6- COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO NA OFM?
O diagnóstico das alterações na oclusão é obtido através de análises radiográficas e clínicas que vão avaliar o crescimento e o desenvolvimento das bases ósseas, musculares e articulares do Sistema Estomatognático, direcionando um protocolo de tratamento para cada paciente.
7- QUAIS AS ALTERAÇÕES QUE A OFM TRATA?
– Falta de espaço para erupção dos dentes permanentes;
– Arcada dentária estreita e atresiada;
– Diastemas localizados ou generalizados (espaço entre os dentes);
– Apinhamento dental;
– Bruxismo (ranger de dente durante o sono);
– Problemas de ATM (estalo, zumbido, deslocamento, dor);
– Mordida profunda;
– Mordida aberta;
– Mordida cruzada anterior e posterior;
– Retrognatismo mandibular (queixo pequeno);
8- COMO A OFM AUXILIA AS DEMAIS ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS?
Retraçoes gengivais, mobilidades, inclinações, perdas de espaço extrusoes e intrusões dentais, diastemas, fraturas parciais ou totais de elementos dentários podem estar relacionados com força excessiva mastigatória e de deglutição inadequada.
Câmara Tecnica de Ortopedia Funcional dos Maxilares
* Fotos alteradas!
1- O QUE É TRATAMENTO ORTODÔNTICO?
É um tratamento que têm como objetivo corrigir o mau posicionamento dentário e/ou estruturas ósseas, trazendo um perfeito equilíbrio dento-facial ao paciente. Aescolha do aparelho a ser utilizado (fixo ou removível), dependerá do tipo de problema a ser corrigido.
2- QUANDO PROCURAR UM ORTODONTISTA?
Não existe idade mínima, mas recomenda-se que as crianças sejam levadas para a consulta inicial com o ortodontista a partir do início da dentição de leite, por indicaçào de outro profissional ou por dúvida dos pais.
3- EXISTE LIMITE DE IDADE PARA UTILIZAR O APARELHO DENTÁRIO?
Não, desde que haja a avliação de um ortodontista. Além de corrigir a posição dos dentes, este auxiliará outras especialidades na obtenção de bons resultados.
4- QUAIS SÃO OSTIPOS DE TRATAMENTO?
Os tratamentos podem se dividir em:
PREVENTIVO: Têm por finalidade evitar a instalação de má-oclusão, por exemplo, removendo hábitos, como sucção de dedo ou clocação anormal da língua entre os dentes.
INTERCEPTATIVO: Visa a correçào de má oclusão mais simples, evitando o aparecimento de problemas mais acentuados.
CORRETIVO: Têm o objetivo de tratar má-oclusão já instalada, geralmente mais graves, utilizando aparelhos mais complexos.
PRÉ-PROTÉTICO: Têm por finalidade a movimentação de alguns dentes para possibilitar a confecção de próteses, implantes, etc.
ORTO-CIRÚRGICO: Corrige problemas mais severos de má-oclusão, associando Ortodontia à cirurgia nos ossos da face.
5- COMO MANTER O RESULTADO DO TRATAMENTO?
Deve-se utilizar as contenções conforme a orientação do Ortodontista.
CONTENÇÕES: Removíveis ou fixas, são aparelhos passivos que visammanter o resultado do tratamento, evitando que os dentes saiam da posição correta.
6- O QUE É NECESSÁRIO PARA INICIARMOS O TRATAMENTO ORTODÔNTICO?
São solicitados exames auxiliares como documentação ortoôntica (radiografias, fotografias e modelos) para o profissional ter condições de realizar um correto diagnóstico e plano de tratamento.
7- QUAL A DURAÇÃO DE UM TRATAMENTO ORTODÔNTICO?
O tratamento depende da severidade do problema, da idade, da resposta biológica do paciente e de sua colaboração.
8- POR QUE PROCURAR UM ESPECIALISTA?
O especialista é o profissional capacitado a executar o tratamento de forma segura.
9- O SUCESSO DO TRATAMENTO DEPENDE SOMENTE DO PROFISSIONAL?
NÃO! Depende da perfeita integração entre: Profissional, paciente e responsável.
Câmara Tecnica de Ortodontia
* Fotos alteradas!
APARELHO FIXO É PARA ADULTO, SIM!!
… e ficam super discretos 🙂
AgNews
Fátima Bernardes: aparelho nos dentes aos 49 anos
Aos 49 anos de idade e depois de passar 14 deles diante de milhões de brasileiros na televisão, Fátima Bernardes acaba de colocar aparelho nos dentes.
A jornalista foi fotografada nessa quarta-feira (25) durante o Summer Soul Festival, no Rio de Janeiro, com o novo “acessório”.
O tratamento deve durar até abril, data prevista para estrear seu novo programa na Rede Globo.
RONCO – APARELHO ORAL É UMA NOVA OPÇÃO DE TRATAMENTO!!
O Ronco e a Síndrome da Apnéia do sono tem sido muito discutido no Brasil e no mundo na atualidade. Este problema, além dos transtornos sociais e psicológicos, trás conseqüências físicas para o paciente (hipertensão, arritmias cardíacas e AVC).
A Apnéia do sono é a obstrução das vias aéreas por alguns momentos durante a noite, pela flacidez dos tecidos da garganta, impedindo a respiração por alguns segundos, varias vezes por noite, e o ronco é a vibração dos tecidos da garganta quando o ar passa.
Esses problemas são freqüentes no homem a partir dos 30 anos e nas mulheres a partir da menopausa. Recentemente o tratamento através de aparelhos orais, tem ganhado importância no tratamento desses problemas, pela facilidade de adaptação e eficácia dos aparelhos, que vem ganhando espaço como uma das principais formas de tratamento para estes problemas.
Estes aparelhos são construídos de modo a posicionar a mandíbula mais para frente, possibilitando que a passagem do ar na garganta fique desobstruída. Existem algumas limitações que precisam ser avaliadas, muitas vezes com o auxílio do médico de sono e da polissonografia, que é um exame onde a pessoa dorme na clínica uma noite, sendo monitorada em todos os aspectos do seu sono.
Os principais sintomas da apnéia do sono são o ronco e a sonolência diurna excessiva. O ronco é um também um fator de desagregação familiar, muitas vezes levando a pessoa que ronca a dormir em quarto separado, bem como torna a pessoa que ronca motivo de piadas entre companheiros de trabalho, de pescarias ou acampamentos, ou quando tem que dividir quarto de hotel, etc…
Médico Pediatra Dr. Jamil Gazal
Excesso de peso favorece o ronco e problemas como apneia do sono
Controlar o peso pode ser fundamental não só para evitar problemas como colesterol alto e diabetes, mas também para não roncar. Isso porque o excesso de gordura corporal aumenta também os músculos da língua e o volume ao redor da traqueia, comprimindo a garganta e tornando a respiração mais difícil, principalmente durante o sono, quando o corpo está relaxado e o estímulo do cérebro para respirar diminui.
Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern e a pneumologista Lia Bittencourt, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a maioria dos pacientes com apneia tem a garganta (faringe) estreitada e com um formato mais arredondado, devido ao acúmulo de gordura na região e à posição da mandíbula e do maxilar, que se projetam para trás.
Quando a respiração é interrompida, a pessoa desperta – sem necessariamente recuperar a consciência e abrir os olhos.
As pausas respiratórias costumam demorar mais de 10 segundos e são consideradas anormais quando ultrapassam a frequência de cinco por hora.
O músculo da garganta também fica mais flácido com o envelhecimento, o consumo excessivo de álcool, o fumo, o sedentarismo e o uso de remédios sedativos. Para evitar o problema durante à noite, dormir de lado e de bruços ajuda.
Para o tratamento, existem dois aparelhos de pressão que são colocados nas vias aéreas, por meio de uma máscara: o CPAP e o Bipap. O primeiro joga ar em alta velocidade para desobstruir a garganta e ajudar o ar entrar com o mesmo nível de pressão na inspiração e na expiração.
No Bipap, a pressão de ar na inspiração é maior do que na expiração. Essa diferença facilita o movimento do tórax e ventila mais o indivíduo. O Bipap é indicado para casos mais graves e quando há outras doenças associadas, como bronquite crônica, obesidade grave e doenças neuromusculares.
Outros sintomas da apneia
– Sono agitado
– Aumento da micção de madrugada
– Sonolência excessiva durante o dia
– Alterações na memória e no raciocínio
– Impotência sexual
Grupos de risco
– Obesos
– Homens
– Pessoas acima dos 45 anos
– Indivíduos com alterações dos ossos da face
– Crianças e adolescentes com aumento das adenoides e amídalas
– Quem consome bebida alcoólica em excesso
– Fumantes
– Sedentários
Problemas decorrentes
– Hipertensão
– Arritmia cardíaca
– Infarto
– Derrame cerebral
Mitos
– Roncar significa estar em um sono bom e profundo
– Todo homem ronca e mulher nunca ronca
Verdades
– Dormir de lado e de bruços ajuda a evitar a apneia
– Roncar e parar de respirar durante o sono traz riscos à saúde
Como evitar
– Controle o peso
– Não coma demais nem tome bebidas alcoólicas à noite
– Evite usar remédios para dormir
– Trate problemas de nariz e garganta, como rinite, desvio de septo, sinusite, adenoides e amídalas
– Procure dormir de lado
– Se ronca com frequência, procure um médico
Segundo os médicos, quem ronca e desperta várias vezes por noite também tende a acordar mais cansado e ter problemas de aprendizado e memória durante o dia. Isso sem contar o risco de acidentes no trânsito e no trabalho.
Halpern explicou que uma mulher com circunferência de pescoço acima de 43 cm é uma grande candidata a apneia do sono. Na gravidez, essa região costuma inchar, como todo o corpo da gestante, e favorecer o ronco. O problema também piora na menopausa, quando ocorre uma diminuição hormonal no corpo feminino.
Nos homens, o volume do ronco pode chegar a 90 decibéis, comparável a um motor de caminhão ou turbina de avião, de acordo com a médica Lia Bittencourt.
Dica de alimentação do dia
Não abuse do pão francês, principalmente se você quer emagrecer ou controlar a glicemia no sangue. Uma unidade equivale a duas colheres e meia de açúcar puro.
Troque o pão branco por uma opção integral, que contém mais fibras, aumenta a saciedade e ainda ajuda no funcionamento intestinal.
Fonte: Bem Estar
Treze respostas para ficar livre do RONCO
Prevenção e Cuidados
Os médicos estimam que pelo menos 50% da população brasileira ronque eventualmente, e 20% tornam-se roncadores habituais após os 40 anos de idade. Muitos especialistas dizem que é um problema de saúde pública. “Não é uma doença nova e não é encarada com a seriedade necessária.
Ela se mantém por muito tempo e, quando não tratada, leva a outras doenças piores. Toda pessoa que ronca precisa se consultar com um médico”, afirma José Antonio Pinto, otorrinolaringologista do departamento de Medicina do Sono da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e chefe dessa área no Hospital São Camilo (SP). Se você conhece alguém nessas condições ou se é você quem ronca, não perca mais tempo, marque uma consulta já. Aproveite para saber o que o ronco pode provocar e como se livrar dele, pelo bem da sua saúde e da do seu companheiro também.
1- Por que algumas pessoas roncam?
É um sinal de que existe uma dificuldade na passagem do ar pelas vias aéreas. Os motivos são vários, como flacidez na musculatura do nariz à garganta, malformação congênita (como queixo para trás), idade avançada (é mais comum a partir dos 40 anos), desvio do septo nasal, rinites, hipotireoidismo (aumenta o volume da língua e, assim, reduz o espaço da passagem do ar), etc. Acontece mais durante a inspiração do que na expiração. Quando há obstrução, os músculos da região torácica relaxam, e aí abrimos a boca para respirar. Ali o ar tem muita dificuldade para passar — ele tem pela frente a língua, a úvula e as amídalas. E aí há vibração e… o ronco. O grau de estreitamento da passagem do ar influencia a musculatura da região. Quanto mais flácida, mais alto pode ficar.
2 – Pode causar problemas de sono?
Em geral, quem ronca regularmente não tem um bom sono. A pessoa sofre de mau humor matinal, sente cansaço o dia todo e aquela tremenda vontade de descansar. Pode afetar também o rendimento no trabalho. Você já não ouviu falar de alguém que parece estar sempre esgotado? Essa pessoa pode sofrer com o problema. Se você sente esses sintomas e mora sozinho (e nunca acordou com o próprio ronco) procure um otorrinolaringologista para fazer uma avaliação mais detalhada.
3 – Qual a melhor posição na hora de dormir?
De lado, exceto os bebês, que, segundo as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria, devem dormir de barriga para cima. Para os adultos a regra é outra. Quando descansamos de barriga para cima, nossa língua relaxa, cede para baixo e obstrui parcialmente a passagem do ar, e aí o ronco aparece. Uma solução é colocar a cabeceira da cama para cima, literalmente, e não apenas usando mais um travesseiro ou uma almofada antirronco, vendida em lojas especializadas.
4 – Crianças podem ter o problema?
Podem sim, mas não é tão comum como em adultos. A via aérea dos pequenos pode ser mais estreita porque os tecidos da garganta aumentam muito de volume. Quando ela está com uma infecção, como gripe, esses tecidos ficam maiores para proteger o organismo. Nesses casos, é indicado tratar com descongestionantes. Outro diagnóstico comum é adenoide e amídalas grandes. Às vezes a solução é a cirurgia, um procedimento simples. A criança fica apenas algumas horas no hospital e volta para casa no mesmo dia. “Quando não tratada, há alterações no crescimento da face, o que favorece o aparecimento da apneia”, afirma Fernando Tochine, otorrinolaringologista responsável por esse setor no Hospital São Luiz (SP).
5 – O ronco pode provocar uma doença grave?
Pode sim. A mais conhecida é a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (Saos). É uma doença crônica, em que a pessoa para de respirar por alguns instantes e, depois, acorda, como se estivesse assustada. Essa reação é causada pelo nosso cérebro, que alerta para a falta de oxigênio. A apneia está relacionada a outras complicações, como hipertensão, infarto, alterações cardiovasculares, déficit de atenção e até perda de libido. “Ela reduz o tempo de vida das pessoas”, diz Pedro Luiz Mangabeira Albernaz, otorrinolaringologista do Hospital Albert Einstein (SP) e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Se a parada respiratória for maior de 10 segundos, pode trazer consequências graves. Em alguns casos elas alcançam ou ultrapassam 60 segundos, e aí pode ser fatal. Nem todos que roncam vão ter apneia. Acontece com mais frequência em obesos e pessoas de meia-idade.
6 – Com qual médico devo me tratar?
Assim que a suspeita aparecer, procure um otorrinolaringologista — encare esse problema como se fosse um machucado muito grave ou uma doença que precisa ser tratada com urgência. A dona de casa Aparecida Alvez Tecchini, 62 anos, não via o ronco como algo grave, até o médico dizer que ela poderia sofrer de parada respiratória. Aí ela não perdeu mais tempo. “Toda a família sabia quando estava dormindo. Tinha trauma de dormir na causa de alguém por medo de roncar e acordar todo mundo. Hoje estou bem melhor, mais disposta”, diz. Na consulta, o médico vai avaliar suas vias respiratórias e preencher um questionário, o Epworth, para levantar dados sobre seus hábitos e verificar se há evidências de que você tenha algum distúrbio do sono. Você vai ouvir perguntas como: “Acorda cansado?”, “Dorme no cinema?”, “Já cochilou enquanto dirigia?”. Cada questão tem um determinado valor numérico. Se a soma total dos pontos for superior a dez, há uma suspeita muito forte de que você tenha dificuldades para dormir e relaxar durante o sono. Aí podem ser pedidos exames mais específicos.
7 – Quais tipos de exames são pedidos?
Vai depender de cada caso. Não há uma regra. O especialista pode pedir uma endoscopia das vias aéreas superiores para verificar a existência de alguma obstrução. Outro teste pedido é a polissonografia, aquele exame em que você dorme no laboratório por um dia. É feita uma espécie de mapeamento do seu sono. Ela mede, dentre outras coisas, a atividade respiratória, se há ou não paradas enquanto você dorme (a chamada apneia) e a intensidade do ronco para fazer o diagnóstico final. Eletrodos colocados na sua cabeça passam essas informações para um computador, onde os dados são avaliados. Em alguns casos, pode ser indicada uma cirurgia. Mas fique tranquilo, pois os tratamentos cirúrgicos evoluíram muito e o paciente volta para casa rapidinho.
8 – Dormir de boca aberta é um sinal ruim?
Sim, pois o ronco pode aparecer. Além disso, ficar de boca aberta durante o sono prejudica a formação da mandíbula e o lábio inferior fica caído. A face fica mais alongada e muda a dinâmica da respiração. É preciso investigar o porquê da condição — que pode ser desde uma rinite alérgica até o desvio de septo — e tratar o quanto antes. Ter um acompanhamento com um fonoaudiólogo ajuda a mudar o hábito. O profissional pode indicar exercícios com a língua, dentre outros.
9 – Obesidade atrapalha?
Você deve saber de cor pelo menos cinco malefícios provocados pelo excesso de peso. Agora vai conhecer mais um. A obesidade pode causar ronco — e 50% da população brasileira, divulgou recentemente o Ministério da Saúde, sofre com os quilos a mais. A deposição de gordura na região da garganta favorece o seu estreitamento. Nos homens é mais comum que nas mulheres. Como o ronco interfere na qualidade do sono, e a pessoa se sente naturalmente mais indisposta, ela não tem vontade (nem ânimo) de praticar alguma atividade física. E aí o ciclo se mantém.
10 – Qual é a influência da idade?
A partir dos 40 anos a musculatura da garganta fica mais flácida e o problema aparece. A aposentada Danunzia Victoria, 84 anos, procurou um especialista muito tarde, depois dos 65, porque não acreditava que roncava. Ela tem uma obstrução nas vias superiores, mas, devido à idade avançada, a cirurgia foi descartada. Como o ronco é muito alto, toda vez que viaja com a família precisa ficar em um quarto só para ela. Outro problema comum que afeta as mulheres é a chegada da menopausa. Não, ela não provoca ronco. Mas quando a mulher entra nessa fase, deixa de produzir estrogênio na mesma quantidade que não permitia que a musculatura cedesse.
11 – É capaz de atrapalhar as relações sociais?
Em alguns casos, dizem os especialistas, há casais que contam que já não dividem o mesmo quarto. “O ideal é que o companheiro do paciente seja entrevistado também durante a consulta. Ele sabe tudo, até se a pessoa tem apneia ou não”, diz Carlos Alberto de Barros, chefe do serviço de Pneumologia da Casa de Saúde São José (RJ). O ronco atrapalha o sono do companheiro e pode até provocar distúrbios do sono na outra pessoa, já que ela não consegue descansar.
12 – Bebidas alcoólicas e fumo provocam ronco?
Acredite: isso acontece, sim. O álcool sabidamente é capaz de relaxar o corpo, e o mesmo efeito se estende para a musculatura da garganta. O resultado você conhece… Com o fumo a história é bem parecida. Uma pesquisa australiana de 2008 com 110 pessoas, homens e mulheres de 45 a 80 anos, que eram fumantes e tinham colesterol alterado, mostrou que o estreitamento arterial era maior nos que roncavam mais intensamente. Apesar de ser um estudo inicial, os pesquisadores disseram que há um indício forte de que esse grupo teria mais chances de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
13 – Existe algum aparelho que reduza o ruído?
Sim. Os mais simples são os ortodônticos. São placas usadas na boca durante o sono. Elas são reguladas para que a parte da frente empurre a mandíbula e, assim, amplia a passagem da via aérea. Outro se chama CPAP e é um modelo eletrônico. Ele não permite que o pulmão esvazie por completo, o que acontece quando dormimos, e assim evita o ronco. Você pode comprar ou alugar, desde que haja indicação médica. Geralmente é indicado para roncadores extremos. São vários os modelos — quanto menor, em geral, mais caro é. Para quem viaja bastante, por exemplo, o pequeno é o indicado.
Fonte: Unimed
HIPOTIREOIDISMO – DETECTE SINTOMAS EM LÍNGUA
O nosso corpo apresenta sinais quando algo não esta bem, fique atento e observe alguns sinais fáceis de serem detectados em casos de Hipotireoidismo.
* Lembre-se que check up periódicos com o seu médico é de suma importância para a sua saúde!